ARA - JUÁ 2018

CICLOVIAGEM DE ARAPIRACA/AL ATÉ O JUAZEIRO DO NORTE/CE

CICLOVIAGEM DE ARAPIRACA/AL ATÉ O JUAZEIRO DO NORTE/CE EM 2018

Pessoal,

Cicloviagem de Arapiraca/AL até o Juazeiro do Norte/CE foi super legal, no período de 29/05 a 04/06/2018.

Participaram 5 ciclistas:

Egberto Pedro, grande mentor dessa cicloviagem e grande idealizador do Desafio Internacional de Ciclismo em Alagoas, com 56 anos, no momento;

Antônio Facchinetti, um dos primeiros a ser convidado e que aceitou de imediato em participar, participando pela segunda vez dessa cicloviagem para o destino em apreço, membro fundador da Associação Alagoana de Ciclismo - AAC, 63 anos, no momento;

Seu Severino, um cicloviajante, já fez mais de 36 viagens ao Juazeiro do Norte/CE, saindo em geral de Arapiraca, grande ciclista, pedalando mais do que qualquer um dos ciclistas envolvidos, com grande experiência nesse tipo de viagem e pela terceira vez com Egberto que participa dessa viagem, 70 anos, no momento;

Valdemir, conhecemos durante a viagem, apelidado de neguinho beleguedé, faz 4 meses que começou a pedalar, foi uma grande vitória para ele, grande guerreiro, 55 anos, no momento;

Manoel Moura do Nascimento (Seu Fininho), o Presidente da Associação Alagoana de Ciclismo - AAC, foi nosso assessor para assuntos aleatórios, musiclista (músico, ciclista, poeta, compositor, polivalente, inventor e espirituoso), cheio de energia, foi a sensação dessa cicloviagem, com 79 anos de idade, no momento.

Percursos: Arapiraca/AL a Delmiro Gouveia/AL - 165 km, Delmiro Gouveia/AL a Floresta/PE - 150 km, Floresta/PE a Salgueiro/PE - 141 km e de Salgueiro/PE a Juazeiro do Norte/CE - 117 km perfazendo um total de 571 km percorridos de bicicleta.

No dia 29/05, era para Antônio Facchinetti e o Fininho terem saído de Maceió à noitinha para dormirem em Arapiraca. Ledo engano: participaram do Passeio Ciclístico do Maio Amarelo e terminaram saindo de Maceió por volta das 2h15 da madrugada de carro com uma carrocinha, vindo a chegarem às 4h30 em Arapiraca devido às chuvas e neblinas.

Os seus companheiros de viagem já os esperavam ansiosos, pois estava previsto a saída da cicloviagem às 4 horas da madruga.

Assim, com a chegada dos ciclistas que vieram de Maceió, todos juntos arrumaram as malas, bagagens e até 3 galões sendo 2 de 20 litros e outro de 12 litros com gasolina, devido a falta de combustível nos Postos de Combustível, por conta da GREVE DOS CAMINHONEIROS, a ser usada no carro de apoio, colocados na mala do carro.

Depois disso, os ciclistas Egberto, Valdemir e Seu Severino seguiram pedalando para Delmiro Gouveia e Antônio Facchinetti e o Manoel Moura (Fininho) foram dormir até às 8 horas da manhã, quando então tomaram banho, tomaram café, trocaram de roupa, tiraram dinheiro e abasteceram o carro para seguirem viagem ao encontro dos ciclistas viajantes, até Delmiro Gouveia/AL, primeira etapa do percurso previsto. Quando estavam chegando em Olho D'Água do Casado, avistaram e encontraram com os ciclistas viajantes, já por volta do meio dia, sem carro de apoio. Se abasteceram de água, Antônio Facchinetti desceu sua bicicleta da carrocinha e acompanhou o Valdemir, bastante cansado, dando força para ele conseguir chegar ao final dessa primeira Etapa.

Ao chegarem em Delmiro Gouveia por volta das 13h20, foram logo almoçar num self service, depois foram para a O Hotel Pousada da Pedra, onde tomaram banho, descansaram até as 19 horas e saíram para comprar coisas para a viagem e jantar comendo um cuscuz 40 com macaxeira, carnes diversificadas, café, leite, ovos, queijo e pães. Umas nove horas já estavam no hotel para descansarem e saírem às 5 horas e iniciarem a segunda etapa da viagem.

Agradecemos a Deus que nos deu força e coragem para concluirmos mais esse desafio.

Amem e Amém!

POEMA DA CICLOVIAGEM ARA-JUÁ 2018

CICLOVIAGEM AO JUAZEIRO DO NORTE

(1) Com destino a Juazeiro

Partimos pelo sertão

Já chegando em Pernambuco

Ouvindo linda canção

Sou Penedense da gema

Lhe digo de coração

(2) 

Pedalei por um bom tempo

O cansaço me dominou

A tontura foi chegando

Foi ela que me cansou

Quando montei na Speed

O vento me ajudou

(3)

Egberto e Severino

Com vontade de chegar

Juazeiro falta muito

É lá que vamos ficar

O Fininho foi dirigindo

Com vontade de pedalar

(4)

O sol está muito quente

Os carros passam a mil

Será que vamos chegar

No Juazeiro do Brasil

Na longa estrada da vida

Nessa terra varonil

(5)

Severino grande guerreiro

No Brasil não tem igual

Com o rosto todo coberto

Respeitamos seu pedal

Todos ficando atrás

Do seu alto potencial

(6)

Valdemir cabra sem sorte

Estourou logo um pneu

Na Floresta linda cidade

Ao chegar esmoreceu

Pensando que estava perto

Mas logo anoiteceu

(7)

Cinco guerreiros do pedal

Deus lhes deu tanta energia

Vamos em frente meus amigos

Na mais brilhosa Harmonia

O mais velho era o Fininho

Só lhe restava alegria

(8)

De longe nós avistamos

A linda serra Talhada

Fica na mente a lembrança

Pra ir lá não falta nada

O ciclista aventureiro

Conhece qualquer estrada

(9)

Eu no carro dirigindo

Mas logo vou pedalar

Encontro bodes na pista

Com medo de atropelar

Mandacaru e facheiro

Uma foto vou tirar

(10)

Parei um pouco na pista

Pra meus versos escrever

Esperando eles passarem

Deixando o tempo correr

Nesse sertão muito quente

Vamos um pouco sofrer

(11)

Egberto e Severino

São dois azes no pedal

São dois cabras destemidos

Garantem não passar mal

Sem deixar ninguém aflito

Nesse calor infernal

(12)

Cada uma das paradas

A gaita fazia a festa

Qualquer música que tocava

Parecia uma seresta

Só faltou o violão

Para completar a festa

(13)

Egberto e Severino

Calados e sempre na frente

Eu sempre estava presente

Assistência era total

Afinal todos vinham contentes

(14)

A fome foi apertando

A vontade era chegar

Já passamos Pernambuco

No Ceará vamos parar

Com destino a Juazeiro

Com promessas a pagar

(15)

Foi após a comunhão

O padre anunciou

Seu Fininho vai tocar

A canção Deus enviou

Todos ficaram contentes

Eu toquei com muito amor

(16)

O padre Cícero tem hoje

Um devoto verdadeiro

36 viagens fez

Para o Norte Juazeiro

Pro Padre Cícero Romeiro

(17)

Só faltou o violão

Seria muito melhor

A gaita e o violão

Ali eu tocava só

Na churrascaria do bode

Só tocava em Dó maior

(18)

Muita gente me procura

As vezes quando é preciso

Faço festa pra todo mundo

Muitas vezes nem aviso

Com a gaita e a viola

Só toco pra meus amigos

(19)

O primo de Egberto

Nos levou para almoçar

Num baita de restaurante

Sentamos pra conversar

Empresário de mão cheia

A despesa foi pagar

(20)

Foi então na despedida

Que toquei linda canção

Na piscina do hotel

Foi surpresa e emoção

Outra vez que aqui vierem

Ficarão em minha mansão

(21)

Não temo pela velhice

Pois a vida é um enredo

To chegando aos 80

Mas to chegando sem medo

Quem não quiser ficar velho

É tratar de morrer cedo

(22)

De volta pra Maceió

Bereguedé nos convidou

Um bananal lindo na pista

Elo logo nos mostrou

Com dois cachos de banana

Logo nos presenteou

(23)

Severino foi ao quarto

Pra pegar seu violão

Foi logo me entregando

Pra tocar uma canção

Meu amigo sou canhoto

Me deixou na contramão

(24)

Assim termino o poema

Com virtude, mesmo sem jeito

Com pequena diferença

Dentro do meu próprio jeito

Trato todos com carinho

Com amor e com respeito

Autor: Manoel Moura do Nascimento (Presidente desta entidade, a AAC, conhecido como Seu Fininho ou Mané da Gaita, é músico, ciclista, poeta, compositor, cantor, polivalente, inventor e toca 4 instrumentos musicais de uma só vez: gaita na boca, violão nas duas mãos, timbau no pé esquerdo e a pandeirola no pé direito ).
Projeto Elaborado por Egberto Pedro da Silva e Descrição feita pelo Prof. Antônio Facchinetti (Engenheiro Civil, Especialista em Transportes, Ex Professor dos Cursos de Engenharia Civil do Centro de Tecnologia - CTEC, de Engenharia de Agrimensura do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente e de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, todos da Universidade Federal de Alagoas - UFAL e por fim, Membro Fundador da AAC)